Mosteiros e outros Monumentos de Portugal
Mosteiro dos Jerónimos
O Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos Portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitetura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa.
Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O monumento é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias.
Deriva o nome de ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755, mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
É lá que se encontram entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa.
Após 1834, com a expulsão das Ordens Religiosas, o templo dos Jerónimos foi destinado a Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Belém.
TORRE DE BELÉM
A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do Rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme.
O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete maravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.
A HISTÓRIA…
A estrutura só viria a ser iniciada em 1514, sob o reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521), tendo como arquiteto Francisco de Arruda. Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, fronteiro à antiga praia de Belém, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para a Índia. As suas obras ficaram a cargo de Diogo Boitaca, que, à época, também dirigia as já adiantadas obras do vizinho Mosteiro dos Jerónimos.
Concluída em 1520, foi seu primeiro alcaide Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original.
CARACTERÍSTICAS
O Monumento reflete influências Islâmicas e Orientais, que caracterizam o estilo manuelino.
Parte da sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós esculpidas em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivos às navegações. O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como armaria e prisão, é muito austero.
A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais: a torre e o baluarte. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decorada em cantaria de pedra. A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte, a saber:
- 1º Pavimento – Sala do Governador;
- 2º Pavimento – Sala dos Reis;
- 3º Pavimento – Sala de Audiências;
- 4º Pavimento – Capela;
- 5º Pavimento – Terraço da Torre.
MONUMENTO AOS DESCOBRIMENTOS
O Monumento aos Descobrimentos, popularmente conhecido como Monumento aos Navegantes ou Padrão dos Descobrimentos, localiza-se na freguesia de Belém, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal. Em posição destacada na margem direita do Rio Tejo, o monumento foi erguido para homenagear os elementos envolvidos no processo dos Descobrimentos Portugueses.
História…
O monumento original foi encomendado pelo regime de António de Oliveira Salazar ao arquiteto Cottinelli Telmo e ao escultor Leopoldo de Almeida, para a Exposição do Mundo Português e desmontado em 1958.
O atual monumento, é uma réplica, foi erguido em betão com esculturas em pedra de lioz, erguendo-se a 50 metros de altura. Foi inaugurado em 1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique, o Navegador.
Características
O monumento tem a forma de uma caravela estilizada, com o Escudo de Portugal nos lados e a espada da Casa Real de Avis sobre a entrada. D. Henrique, o Navegador, ergue-se à proa, com uma caravela nas mãos. Em duas filas descendentes, de cada lado do monumento, estão as estátuas de heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Na face ocidental encontram-se o poeta Luís Vaz de Camões, com um exemplar de ”Os Lusíadas”, o pintor Nuno Gonçalves com uma paleta, bem como famosos navegadores, cartógrafos e reis.
A norte do monumento uma rosa-dos-ventos de 50 metros de diâmetro, desenhada no chão, foi uma oferta da África do Sul, em 1960. O mapa central, pontilhado de galeões e sereias, mostra as rotas dos descobridores nos séculos XV e XVI.
No interior do monumento existe um elevador que vai até ao sexto andar, e uma escada que vai até ao topo de onde se avista um belo panorama de Belém e do Rio Tejo. A cave é usada para exposições temporárias.
Uma das mais interessantes perspetivas do monumento pode ser observada a partir de Oeste, à luz do pôr-do-sol.